8/02/2009

Oitavo mes

Este mes non traballo, pero o estado mental de vacacións xa me viña acompañando dende o concerto de Jens Lekman en Porto, no Maus Hábitos. Ese 18 de xullo aproveitei para mercar outro libro dun portugués que moito me gusta, Pedro Paixão, porque son historias de dentro, deses pensamentos que rumías, do que pasa cando te apaixonas, cando che acontecen extraordinarios sucesos de a diario, son desas historias que te contas a ti mesma porque gostas delas. Gústame porque me envolve de palabras e de vidas.

Cada massagista tem, por assim dizer, a sua maneira própia de massajar, com os seus segredos, com uma maneira de começar e outra de acabar, para além de traços que não têm diretamente a ver com a massagem mas que necessariamente acompanham sempre tudo aquilo que um humano faça: o carácter, a inteligência, a sensibilidade, modos de falar e assuntos preferidos. Convém saber que uma massagem nunca é um acto silencioso: ouvem-se as mãos sobre o corpo, ouvem-se gemidos de dor e suspiros, conversas mais ou menos curtas e esmo confissões. A sala de massagens é un lugar onde o corpo, ao relaxar, põe a alma mais à vontade, para quem a tenha, é claro, e eu, por acaso, tenho. Isto é o que eu acho, mas quando acho tenho a certeza de ter encontrado.
Esta massagista tem boas mãos, é uma coisa que se nota logo. Despois é preciso tempo.

Viver Todos os Dias Cansa, Pedro Paixão

E eu preciso facer de nómada, mudar eses quefaceres diarios, porque como di o Pedro: É simples: trabalham num lugar onde nos habituamos às suas mãos, aos seus cotovelos e pés e, de repente, sem dizerem nada, desaparecem e aparecem outros.


1 comentário:

An disse...

Agardo que o remate do mes, este nova :) para escomenzar a chollar, eu agardo ter chollo, que xa é moitro. Saúdos e apertas